Ópera Nuda é um corpo atravessado, as vezes de forma violenta, por muitos outros corpos. É uma performance punk feminista que investiga o excesso, o limite e o esgotamento na relação entre voz e movimento. Surge de um diálogo fictício da artista com a peça de Samuel Beckett "NOT I" (1973), as personagens do cineasta Quentin Tarantino e do escritor cyberpunk Fausto Fawcett. O trabalho explora o corpo pop e clichê da mulher, criando uma sequência de frames que reiteram e tencionam imagens do imaginário midiático: artificialidade, assepsia, banalização da violência, revolução, histeria, dor e êxtase. Ópera Nuda é uma ode tarantinesca adaptável, de plasticidade sintética e, par excellence, incompleta.